quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O poker

Assim se vê a má vontade do Sporting: ao fim de vinte e poucos minutos de jogo, quando o Benfica já ganhava por dois golos, um repórter da SIC informou-nos de que milhares de adeptos leoninos começavam a abandonar o estádio. Era o dado que faltava para ficarmos com a certeza de que o Sporting podia perfeitamente ter dado mais bilhetes ao clube da Luz. Mas, mesmo não lhes fazendo falta, foi essa a decisão do seu presidente, recém-chegado de férias, e chocado por descobrir que nos últimos quinze dias os jogadores do seu clube também não têm estado propriamente a trabalhar. Por exemplo, é escandaloso que durante o jogo de anteontem - e eu consultei as estatísticas - João Pereira só tenha corrido 318 metros.
Outra curiosidade é que o único jogador do Sporting que luta, e que marca, e que defende a camisola seja justamente aquele que há pouco tempo foi descomposto e agredido pelo antigo diretor- desportivo. Consta até, nos corredores de Alvalade, que Sinama-Pongolle está tão desesperado por marcar que já contactou Sá Pinto para este lhe dar um tabefe. Pode ser o início de um novo ciclo. Ontem, dizia Sousa Cintra numa rádio, tentando animar a sua massa associativa: "O Sporting há-de ser sempre o Sporting." É justamente esse o problema, não é? Se o Sporting de quinze em quinze dias fosse o Benfica, não estaria em quarto lugar no campeonato.
Do lado do Benfica, ainda assim há muito a melhorar. Por exemplo, Cardozo tem que pedir aos árbitros se pode passar a marcar as grandes penalidades a trinta metros de distância da baliza.

Mais uma excelente crónica de Miguel Góis, in Record.

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