Nós estamos inconsoláveis com derrota de ontem. A exibição não foi também das mais brilhantes. Enfim as coisas não estão tão bem como queríamos, mas os outros também não estão nada bem, o que sem nos servir de consolação, serve para não desmoralizar com esta derrota. Ainda há tempo para recuperar!
Nada de novo na estreia de FCPorto e Sporting na liga. Os dragões a vencerem após uma dura luta com a curiosa Naval de Zvunka, mas a chegarem à vitória apenas com uma grande penalidade da moda; os leões com grave défice de eficácia ofensiva e falta de agressividade que ditou a derrota.
Menos exuberante do que frente ao Benfica, a equipa de Villas-Boas indicia que terá mais dificuldades perante adversários com precauções defensivas, pelo menos enquanto não puder recorrer aos dois reforços que aguardam certificado: Walter e James. Talvez acrescentem fantasia. Qualidade não falta, mas o génio está entregue a Hulk e este sendo incrível não é o Super-Homem. De estranhar a apatia da primeira metade, altura em que a Naval podia ter chegado ao golo e em que conseguiu controlar largos períodos. Para quem entende poder prescindir de Meireles, faltaram médios com vocação para chegar à área. Não fosse o conveniente penálti e a história poderia ter sido diferente. O dragão tem de jogar mais... mas ganhou.
OSporting de Paulo Sérgio é mesmo poucochinho. Exibição agradável nos primeiros 45 minutos, horrível na segunda parte. Superioridade total do Paços, que podia ter ganho por mais. Postiga colocou na trave e Liedson também falhou. Mas não foi só falta de pontaria. Falta bola, falta circulação, falta capacidade para ganhar segundas bolas, como se vê no golo. O técnico não fica isento de culpas ao colocar Carriço no miolo, com Zapater e André Santos no banco. Mas o problema é mais grave. O meio-campo não consegue mandar e tudo se torna mais difícil. Há muito por fazer em Alvalade, só que a época já começou. E a enorme mancha verde de Paços que não vai querer ver tão cedo a melhor equipa do Mundo. Preferiam ver o Sporting.
(Bernardo Ribeiro, in Record)
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