Qualquer pessoa minimamente atenta sabe que Luís Filipe Vieira ao pé de Pinto da Costa é um principiante. No bom e no mau sentido, sobretudo.
Mesmo assim, com medo do Papa, eles incluem no mesmo saco os dois, como se tivessem a mesma dose de responsabilidade no que acontece de mal no futebol português.
«... Como se isso não bastasse, repetem-se os episódios terceiro-mundistas, como foi agora o da emboscada e da agressão ao vice-presidente do Benfica Rui Gomes da Silva. Aconteceu no Porto, à luz do dia e numa das zonas mais privilegiadas da cidade, uma situação inadmissível e que espelha bem o sentimento de impunidade com que actuam alguns malfeitores de cara escondida. Um acto cobarde feito por gente cobarde, como a ele se referiu o director de comunicação do Benfica. João Gabriel já tinha sido certeiro e incisivo a meio da semana, quando reagiu às ironias cada vez menos inspiradas de Pinto da Costa. Mas era escusada a insinuação de que a presença do dirigente benfiquista pode ter sido denunciada por André Villas-Boas, que até foi correctíssimo e elegante na forma como comentou o incidente.
Pior, muito pior, esteve Pinto da Costa. Por muito que algumas das declarações públicas de Gomes da Silva possam causar engulhos e até revolta nos portistas, um presidente do FC Porto tem de saber separar o essencial do acessório e não pode passar uma imagem de complacência para com um acto bárbaro. Aliás, o que se lhe exige é exactamente o contrário.
Com o advento das SAD, havia a esperança de que isso viesse contribuir para a recuperação financeira e para a urbanidade do futebol. Debalde, os clubes estão cada vez mais na bancarrota. Mas, tão ou mais grave, a falência é também ética e moral. O clima de intolerância total que se sente entre o FC Porto e o Benfica já ultrapassa tudo o que é razoável numa indústria que se pretende de entretenimento. É hoje uma realidade perigosa, que está a fazer muito mal ao futebol e para a qual continuam a contribuir os presidentes destes dois clubes. Seria bom que Filipe Vieira e Pinto da Costa percebessem que os seus litígios pessoais não podem continuar a ser dirimidos utilizando duas instituições centenárias. Mas isso talvez já seja pedir demasiado...»
Pior, muito pior, esteve Pinto da Costa. Por muito que algumas das declarações públicas de Gomes da Silva possam causar engulhos e até revolta nos portistas, um presidente do FC Porto tem de saber separar o essencial do acessório e não pode passar uma imagem de complacência para com um acto bárbaro. Aliás, o que se lhe exige é exactamente o contrário.
Com o advento das SAD, havia a esperança de que isso viesse contribuir para a recuperação financeira e para a urbanidade do futebol. Debalde, os clubes estão cada vez mais na bancarrota. Mas, tão ou mais grave, a falência é também ética e moral. O clima de intolerância total que se sente entre o FC Porto e o Benfica já ultrapassa tudo o que é razoável numa indústria que se pretende de entretenimento. É hoje uma realidade perigosa, que está a fazer muito mal ao futebol e para a qual continuam a contribuir os presidentes destes dois clubes. Seria bom que Filipe Vieira e Pinto da Costa percebessem que os seus litígios pessoais não podem continuar a ser dirimidos utilizando duas instituições centenárias. Mas isso talvez já seja pedir demasiado...»
(Bruno Prata, in Público)
1 comentário:
ah ah ah ah ah ah ah ah ah
meu emboscador militante!,
virou-se o feitiço contra o feiticeiro.
Ai vocezessssss, pensavam que tinham toda a legitimidade para
dos p0ntões atirarem rebos e não havia contraditório.
Só uma mentalidade mesmo "cêpa" é
que pensa assim.
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