segunda-feira, 28 de março de 2011

Eles continuam a englobá-lo no mesmo saco

Qualquer pessoa minimamente atenta sabe que Luís Filipe Vieira ao pé de Pinto da Costa é um principiante. No bom e no mau sentido, sobretudo.
Mesmo assim, com medo do Papa, eles incluem no mesmo saco os dois, como se tivessem a mesma dose de responsabilidade no que acontece de mal no futebol português.

«... Como se isso não bastasse, repetem-se os episódios terceiro-mundistas, como foi agora o da emboscada e da agressão ao vice-presidente do Benfica Rui Gomes da Silva. Aconteceu no Porto, à luz do dia e numa das zonas mais privilegiadas da cidade, uma situação inadmissível e que espelha bem o sentimento de impunidade com que actuam alguns malfeitores de cara escondida. Um acto cobarde feito por gente cobarde, como a ele se referiu o director de comunicação do Benfica. João Gabriel já tinha sido certeiro e incisivo a meio da semana, quando reagiu às ironias cada vez menos inspiradas de Pinto da Costa. Mas era escusada a insinuação de que a presença do dirigente benfiquista pode ter sido denunciada por André Villas-Boas, que até foi correctíssimo e elegante na forma como comentou o incidente.

Pior, muito pior, esteve Pinto da Costa. Por muito que algumas das declarações públicas de Gomes da Silva possam causar engulhos e até revolta nos portistas, um presidente do FC Porto tem de saber separar o essencial do acessório e não pode passar uma imagem de complacência para com um acto bárbaro. Aliás, o que se lhe exige é exactamente o contrário.

Com o advento das SAD, havia a esperança de que isso viesse contribuir para a recuperação financeira e para a urbanidade do futebol. Debalde, os clubes estão cada vez mais na bancarrota. Mas, tão ou mais grave, a falência é também ética e moral. O clima de intolerância total que se sente entre o FC Porto e o Benfica já ultrapassa tudo o que é razoável numa indústria que se pretende de entretenimento. É hoje uma realidade perigosa, que está a fazer muito mal ao futebol e para a qual continuam a contribuir os presidentes destes dois clubes. Seria bom que Filipe Vieira e Pinto da Costa percebessem que os seus litígios pessoais não podem continuar a ser dirimidos utilizando duas instituições centenárias. Mas isso talvez já seja pedir demasiado...»
(Bruno Prata, in Público)

1 comentário:

Anónimo disse...

ah ah ah ah ah ah ah ah ah

meu emboscador militante!,

virou-se o feitiço contra o feiticeiro.

Ai vocezessssss, pensavam que tinham toda a legitimidade para
dos p0ntões atirarem rebos e não havia contraditório.

Só uma mentalidade mesmo "cêpa" é
que pensa assim.

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