quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"Quo vadis" Sporting?

Viver na esperança da chegada de um D. Sebastião parece ser a sina do Sporting. No futebol ou no plano directivo, os adeptos esperam ansiosamente a chegada de um líder que os recoloque entre a realeza do futebol. Estatuto perdido há algum tempo, mas que continuam a achar merecer.
O clube tem vários problemas, sendo que um dos maiores é a inabilidade para comunicar com os adeptos. Por exemplo, há anos que em Alvalade se luta com problemas financeiros. As direcções chegam, falam em reestruturação, mas depois falta-lhes coragem para dizer que não há dinheiro para conquistas futebolísticas. Pelo contrário, alimentam a ilusão de que "este ano vamos lutar pelo título". Depois, nos jogos, as bolas não entram na baliza, os jogadores contratados não são tão bons como se pensava e os árbitros também erram a favor do adversário.
Posto isto, o Sporting versão 2010/11 arrisca a que na Liga o seu caminho só tenha sentido descendente e que o terceiro lugar seja visto como a salvação da face. Afinal, seria melhor que na época passada.
(in DN)
Este fim-de-semana, Paulo Sérgio tem razões de queixa, pois o árbitro Luís Catita prejudicou os leões, mas também é verdade que a equipa não marcou Samuel, quando rematou a 40 metros da baliza para o primeiro golo. E que dizer dos pontapés para frente, sem desenvolver uma jogada, protagonizados pelos alegados criativos leoninos?
Talvez a situação fosse mais tranquila se os dirigentes explicassem aos adeptos que vão passar uns tempos com expectativas reduzidas enquanto as finanças são equilibradas - o que Bettencourt fez antes desta saída ainda por explicar bem. Ou então há no Sporting uma facção de apoiantes, representada pelas claques, que têm poder a mais para o que deveria ser o seu papel no futebol. Se assim for, a culpa é dos dirigentes que vão ao "beija-mão" desses grupos e depois ficam seus reféns. Com ou sem "maçãs podres" na equipa...

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