quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eleições da FPF

Parece ser inequívoco que estamos a entrar na recta final (??!!) que nos conduzirá a uma decisão sobre a actual situação de ilegalidade da Federação Portuguesa de Futebol, depois do assunto ter estado a marinar durante tempo demasiado por teimosia de alguns e a inércia de outros.

Nesse contexto e porque algumas personagens bolorentas estavam a planear um golpe de estado palaciano que os pretensamente conduziria à completa usurpação do poder, foi necessário o aviso das instâncias supranacionais do futebol para que algumas associações que têm andado à boleia neste processo mudassem de campo, abrindo caminho a soluções que inevitavelmente terão que ser encontradas.

Com efeito, depois da sugestão da FIFA para que os estatutos fossem adequados à lei, veio agora a UEFA em carta dirigida à direcção da FPF assumir uma clara exigência de rapidamente a FPF passar a estar dentro da legalidade, sob pena de impedir os clubes e a própria selecção nacional de participarem nas provas por si organizadas, o que teria consequências dramáticas para o futebol português.

 Embora tal fosse previsível e ninguém possa dizer que isso constituiu a mínima surpresa, existem ainda algumas mentes anquilosadas e arcaicas que persistem em esgrimir contra moinhos de vento, sem darem conta que o tempo, o modo e a oportunidade há muito passaram por elas.

Ninguém é ingénuo para pensar que esta suposta teimosia cuja expressão máxima tem sido transmitida pelo líder da AFPorto-Lourenço Pinto, tem unicamente origem nos próprios dirigentes associativos. O âmbito é mais vasto ainda que o epicentro esteja claramente localizado na personalidade que, com o seu exército de seguidores, por caminhos ínvios conseguiu controlar e adulterar a verdade do futebol português nos últimos 30 anos.

Dando seguimento a uma estratégia previamente acertada, Avelino Ribeiro (curiosamente  ligado aquela Associação) que ocupa o cargo de presidente da AG da FPF, fazendo tábua rasa de qualquer princípio equilibrado e de bom senso, resolveu cair no ridículo e marcar eleições com base em estatutos ilegais.

E como o show must go on, foi nomeado um candidato à pressa (Horácio Antunes-Presidente da AFCoimbra), que se prestou a fazer de papel de embrulho, dando corpo a uma candidatura-fantasma. Aliás, que credibilidade, que ética ou que moral poderá ter este deputado do PS, que votou favoravelmente a Lei de Bases do Sistema Desportivo na Assembleia da República (aprovada sem votos contra, recorde-se) e agora está alegremente contra ela? Coerência já vimos que não há, mas também não há decoro? Nem há vergonha?

Apesar de todos estes desenvolvimentos que dão origem ao adensar de nuvens cada vez mais negras sobre o futebol português, o ex-advogado de Pinto da Costa, Lourenço Pinto prossegue a sua campanha absurda e as suas bravatas, ameaçando tudo e todos, o que significa que o espectro da derrota já está no horizonte próximo e o desespero tomou conta dele e dos que na retaguarda o incentivam a continuar.

Desta vez faz uma ameaça global, pois tudo para ele se revela ilegal, desde a convocatória para a AG do próximo dia 29 bem como o Tribunal Arbitral. E do alto da sua cátedra, Pinto diz que vai impugnar os resultados da AG e será nula a decisão que vier a ser proferida pelo Tribunal. Os seus (e os dos outros) intuitos são claros; impedir que a AG ajuste os estatutos à lei e que o Tribunal decida a suspensão das eleições marcadas para 5 de Fevereiro. Sem querermos fazer futurologia, diremos que qualquer das duas situações tem probabilidades de acontecer, daí o seu estrebuchar e o seu desespero.

Mas segundo noticia a imprensa, o assunto teve mais desenvolvimentos; Avelino Ribeiro atacou noutra frente em que «terá escrito ao presidente, Gilberto Madail, considerando incompetente o tribunal.’É um tribunal fantasma, constituído  com usurpação de funções e poderes’». Ribeiro terá baseado a sua argumentação no facto de lhe caber a ele-presidente da AG-nomear o juiz-presidente e não ao presidente da Direcção da FPF. Ora, o que qualquer português comum que ignore os estatutos mas não necessariamente parvo gostaria de saber é, como é que a Ribeiro enquanto presidente da MAG, lhe assiste o direito de nomear um juiz do tribunal (e logo o presidente) que vai decidir sobre a realização do acto eleitoral precisamente marcado por ele-presidente da MAG? Será que alguma coisa nos está a escapar?

Mas digam lá francamente se estas actividades manobreiras (mais uma vez protagonizadas por elementos afectos à AFPorto), não vos fazem lembrar a célebre rábula do ex-presidente do Conselho de Justiça –Gonçalves Pereira no âmbito do processo ‘Apito Final’ em 2008?

Porque será que a brigada do reumático insiste em não querer largar a maioria absoluta? Sim porque será? Julgarão que são uns predestinados e que depois deles o dilúvio? E os outros intervenientes incluindo o Secretário Laurentino, porque esperaram que fosse a FIFA e a UEFA a resolver um problema que é nosso e só nosso?

Será que não enxergam que colocaram mais uma vez o desporto português e a imagem do país em apuros?
(Anti-Benfica.COM)

2 comentários:

Joseph Lemos disse...

Manuel,para ''carregar'' mais neste assunto,vai lá ao cantinho e lê o meu último ''post''.

Abraço

Manuel Oliveira disse...

OK, Joseph!

Abraço.

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