Saltava à vista que o FC Porto-Benfica iria ser difícil para o árbitro (sobretudo), qualquer que ele fosse. E a Comissão de Arbitragem da Liga seguiu o caminho lógico, nomeando o trio seleccionado pela FIFA para a já bem próxima fase final do Campeonato do Mundo. Não foi feliz. Claro que não. E já lá vou. Mas, antes disso, pergunto: o Estádio do Dragão foi um campo de futebol ou um campo de batalha? Dentro e fora das quatro linhas, festejou-se cada golo com a saudável alegria de quem ganha a um rival ou com a raiva que só pode existir quando se odeia? Naquelas circunstâncias, teria sido possível arbitrar muito melhor? Faz sentido que um árbitro, em Portugal, para poder ser árbitro, precise de ser herói?
Em termos técnicos. Olegário Benquerença (bem auxiliado por Bertino Miranda e José Cardinal) não cometeu indiscutíveis erros de vulto. Talvez nada a ver, portanto, com o desfecho do jogo. Mas teve diversas falhas no âmbito disciplinar. E há quem diga que começou com rigor excessivo. Discordo. Os excessos estiveram nalguns jogadores (sobretudo, portistas) e não havia outra forma de os travar. Benquerença nem sempre conseguiu ser justo, mas reconheça-se que teve (então) tarefa muito complicada. E, quanto a mim, o seu maior erro veio depois, quando considerou os jogadores controlados e passou a permitir-lhes infracções passíveis de advertência que já teria de dar expulsão. Lesava o jogo, não defendia o espectáculo? Há quem o diga. E eu respondo: o que é isso? A defesa do espectáculo compete mais ao árbitro do que aos jogadores, que até são profissionais? Só o árbitro deve ter calma, ponderação e bom senso? Se houvesse três ou quatro expulsões para cada lado, de quem era a culpa? Do árbitro ou dos prevaricadores? Possivelmente, é o que vem fazendo falta no futebol português. Talvez, até, jogo que não chegue ao fim por falta de jogadores (mínimo de sete) numa das equipas ou em ambas. E o mesmo penso e digo em relação aos «penalties» por agarrões e empurrões dentro da grande área.
Falando de casos concretos, injustas as advertências a Di Maria e a Maxi Pereira e a expulsão de Fucile. Mas este devia ter sido expulso pouco antes, quando pontapeou e derrubou Di Maria. Não houve fora-de-jogo no segundo golo portista (Farias), mas é discutível que não tenha havido razão para «penalty» no livre cortado por Hulk com um braço e no lance em que Álvaro Pereira atingiu as pernas de Maxi Pereira (derrubando-o) antes de pontapear a bola. Correcto o facto de FC Porto e Benfica terem perdido um lançamento lateral (mérito de Bertino Miranda), pois Fucile e David Luiz executaram-nos levantando do solo um dos pés.
Caso curioso: mesmo perdendo no Dragão (com justiça indiscutível), o Benfica teria sido campeão nacional, anteontem, se fosse assinalado o fora-de-jogo existente no golo da tangencial vitória (1-0) do notável. Sp. Braga sobre o Paços de Ferreira.
Em termos técnicos. Olegário Benquerença (bem auxiliado por Bertino Miranda e José Cardinal) não cometeu indiscutíveis erros de vulto. Talvez nada a ver, portanto, com o desfecho do jogo. Mas teve diversas falhas no âmbito disciplinar. E há quem diga que começou com rigor excessivo. Discordo. Os excessos estiveram nalguns jogadores (sobretudo, portistas) e não havia outra forma de os travar. Benquerença nem sempre conseguiu ser justo, mas reconheça-se que teve (então) tarefa muito complicada. E, quanto a mim, o seu maior erro veio depois, quando considerou os jogadores controlados e passou a permitir-lhes infracções passíveis de advertência que já teria de dar expulsão. Lesava o jogo, não defendia o espectáculo? Há quem o diga. E eu respondo: o que é isso? A defesa do espectáculo compete mais ao árbitro do que aos jogadores, que até são profissionais? Só o árbitro deve ter calma, ponderação e bom senso? Se houvesse três ou quatro expulsões para cada lado, de quem era a culpa? Do árbitro ou dos prevaricadores? Possivelmente, é o que vem fazendo falta no futebol português. Talvez, até, jogo que não chegue ao fim por falta de jogadores (mínimo de sete) numa das equipas ou em ambas. E o mesmo penso e digo em relação aos «penalties» por agarrões e empurrões dentro da grande área.
Falando de casos concretos, injustas as advertências a Di Maria e a Maxi Pereira e a expulsão de Fucile. Mas este devia ter sido expulso pouco antes, quando pontapeou e derrubou Di Maria. Não houve fora-de-jogo no segundo golo portista (Farias), mas é discutível que não tenha havido razão para «penalty» no livre cortado por Hulk com um braço e no lance em que Álvaro Pereira atingiu as pernas de Maxi Pereira (derrubando-o) antes de pontapear a bola. Correcto o facto de FC Porto e Benfica terem perdido um lançamento lateral (mérito de Bertino Miranda), pois Fucile e David Luiz executaram-nos levantando do solo um dos pés.
Caso curioso: mesmo perdendo no Dragão (com justiça indiscutível), o Benfica teria sido campeão nacional, anteontem, se fosse assinalado o fora-de-jogo existente no golo da tangencial vitória (1-0) do notável. Sp. Braga sobre o Paços de Ferreira.
(Cruz dos Santos, in A BOLA)
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