Antes de atingir a maioridade, Javier Saviola já era alvo de constante veneração na Argentina. E porque a classe tem um preço, foi como estrela paga a peso de ouro que foi construindo a carreira, servindo os mais poderosos emblemas de Espanha a três tempos. Pelo meio, pagou pela forma como por vezes se ausenta do jogo, como quem vai-ali-só-beber-um-copo-de-água-e-promete-voltar. Mesmo que no fim da época passada fosse só mais um pedaço da matéria-prima excedentária no Real Madrid, continuava a ser um jogador caro e dificilmente resgatável pelos maiores clubes portugueses. O Sporting pensou nele, mas, sem bases económicas, por aí se ficou; o Benfica pôs-lhe as mãos em cima e não mais o largou. E esta aplicação do músculo financeiro pode muito ter sido uma das chaves do título que as águias se preparam para confirmar amanhã. Basta que nos lembremos das vezes em que El Conejo (o Coelho) saltou da cartola colectiva para, nas "folgas" de Cardozo, assinar a diferença. Mais: foi ele que atirou o FC Porto ao tapete no clássico da primeira volta, o tal que mexeu com o sistema nervoso de alguns dragões, que haveriam de fazer um autêntico haraquiri no túnel mais badalado do País.
João Gabriel ARRASA Proença!
Há 5 meses
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