É bom que a imprensa comece a reconhecer a maior valia da equipa do Benfica esta época.
O analista Bruno Prata, no Público, diz:
O Benfica gastou quase 30 milhões de euros em reforços, boa parte deles de indiscutível qualidade. Mas não deixa de ser curiosa a circunstância de o papel mais relevante, até ao momento, estar a ser protagonizado por um jogador contratado a custo zero: o guarda-redes Artur. Algo que merece ser tanto mais relevado porquanto o que se discutia há um ano eram os 8,5 milhões que havia custado Roberto e os estragos que o guardião espanhol vinha fazendo na baliza benfiquista.
Artur é um guarda-redes experiente (30 anos), mas a serenidade que transmite não deve ter apenas a ver com a idade ou com a passagem por bons clubes brasileiros e pelo futebol italiano. Parece algo inato e tem tido uma dupla virtude: sossega as bancadas e dá tranquilidade à restante defesa. Claro que a entrada de Garay para o lado de Luisão também foi determinante para dar estabilidade ao sector, mas foi Artur a conseguir que os seus colegas se sentissem novamente seguros e à-vontade para arriscarem uma defesa alta, como se exige a uma equipa com as características do Benfica. Artur atenuou os estragos em Barcelos e foi quase sempre determinante nos resultados positivos frente ao Feirense, Nacional, Trabzonsport e Twente. Na Madeira, resolveu um lance perigoso logo ao sétimo minuto e foi ainda decisivo na reposição rápida da bola que permitiu a cavalgada e o golo de Bruno César.
Mais importante do que a liderança à condição, que contrasta com o início periclitante da época passada, salta à vista que o Benfica desta época tem mais e melhores armas, tanto no que respeita aos recursos humanos como à maneabilidade táctica (por muito que Jorge Jesus teime em dizer que o desenho táctico é sempre igual...). Tudo factores determinantes, como também é voltar a contar com um guarda-redes em que os colegas e os adeptos confiam...
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