O ego de Proença
Ao contrário do que os benfiquistas dizem, Pedro Proença não quer
prejudicar o Benfica. Simplesmente não é um bom árbitro. Falta-lhe
inteligência para gerir o jogo em ocasiões críticas. Em lugar de acalmar
os jogadores, enerva-os.
No famoso dérbi da Luz do ano
passado, antes do fora-de-jogo fatal, expulsara Emerson com algum
exagero. Ora, num dérbi, um árbitro deve procurar terminar o jogo com 11
jogadores para cada lado, salvo factos excepcionais.
Também em Setúbal, há 3 semanas, expulsou de forma insensata dois jogadores do Vitória.
No
jogo da Madeira, voltou a não estar à altura. Sabendo a polémica que
rodeara o jogo, e vendo no fim o nervosismo dos jogadores dos Benfica,
devia ter tentado com inteligência esfriar os ânimos. Mas fez o
contrário: lançou gasolina no fogo. Num lance que qualquer mediano
árbitro inglês teria resolvido sem dramas, mostrando o amarelo a Cardozo
por picardia com um adversário que atrasava a marcação de um canto,
mostrou-lhe o vermelho. E depois as coisas precipitaram-se. Levou com
uma garrafa, enervou-se, e expulsou Matic em jeito de ‘’vingança’’.
Por
que razão Pedro Proença apita melhor lá fora? Porque em Portugal
acha-se a estrela do espectáculo, quer mostrar que manda e que não tem
medo dos clubes (em especial do Benfica). E este vedetismo prejudica-o
muito.
Lá fora arbitra melhor porque é mais humilde, não pretende tanto ser vedeta, e é mais cauteloso.
Os
bons árbitros são os que evitam os problemas. Ora, nos estádios
portugueses, Proença já provou ser um autêntico especialista em arranjar
problemas. Com ele há sempre ‘’casos’’. Bastaria isso para não poder
considerar-se um bom árbitro. (in Record)